segunda-feira, 9 de março de 2009

Johann Sebastian Bach

Gênios da música. Seu nome completo: Johann Sebatian Bach, nasceu na cidade de Eisenach no dia 21 de Março de 1685. Era filho de Johann Ambrosius Bach. Morreu no dia 28 de Julho de 1750 na cidade de Leipzig aos 65 anos de idade, depois de uma intervenção cirúrgica fracassada nos olhos. Bach foi ficando cego até perder totalmente a visão. Atualmente crê-se que a sua cegueira foi originada por diabetes não tratado. Foi um organista e compositor alemão luterano do período barroco. Mestre na arte da fuga, do contraponto e da coral, ele é um dos mais prolíficos compositores da história da música ocidental. Devoto admirador de Dietrich Buxtehude. Bach é tido como o maior compositor do Barroco e, por muitos, o maior compositor da história da música, ainda que pouco reconhecido na altura em que viveu. Muitas de suas obras refletem uma grande profundidade intelectual, uma expressão emocional profunda e, sobretudo, um grande domínio técnico em grande parte responsável pelo fascínio que diversas gerações de músicos demonstraram pelo Pai Bach, especialmente depois de Felix Mendelssohn que foi um dos responsáveis pela divulgação da sua obra, até então bastante esquecida. Hans von Bullow referência de Bach como um dos "três bês da música", considerando o seu Cravo Bem Temperado como o Antigo Testamento da Música. Sua mãe faleceu quando ele tinha apenas 9 anos de idade. Um ano depois morreu o pai, que era músico da cidade e havia lhe ensinado os rudimentos da música. Foi viver e estudar com o irmão Johann Christoph Bach, que era 16 anos mais velho que ele, então organista Ohrdruff. Ao lado de seu irmão, Bach aprendeu a tocar piano e a compor. Christoph, no entanto, não era um grande entusiasta do talento do jovem Sebastian. O irmão mais novo certa vez pediu a Christoph que lhe deixasse estudar algumas partituras de Pachelbel que fora padrinho e professor de Christoph, mas este recusou. Sebastian então passou a copiar, todas as noites, as partituras do irmão, enquanto este dormia, para que pudesse estudá-las mais tarde. De nada valeu esse esforço, já que Christoph, ao descobrir as cópias, acabou destruindo-as. Especula-se também que o esforço realizado por Sebastian para copiar as partituras na escuridão tenha sido responsável pela cegueira que o atormentou no final da vida. Em 1703 aos 18 anos, Bach ascendeu ao posto de organista em Arnstadt, graças ao precoce domínio do instrumento. Em 1705, Bach percorreu a pé o caminho de Arnstadt até Lübeck, somente para ouvir Buxtehude, famoso organista a quem o jovem Bach muito admirava, apresentar-se. Essa viagem custou-lhe o emprego, motivando-o a procurar outro emprego, que veio a ser em Muhlhausen onde ele conheceu Maria Barbara, sua prima, com quem se casaria e teria 7 filhos. Bach introduziu a jovem no coral da igreja luterana local, o que causou transtornos burocráticos, e o fizeram abandonar o cargo. Maria Barbara adoeceu, vindo a falecer subitamente durante uma viagem do marido. Ali escreveu também as primeiras cantatas. Só um ano depois, em 1708, foi nomeado organista da Corte, e em 1714, diretor de orquestra na corte do duque Wilhelm Ernst, em Weimar De 1717 a 1723. Bach foi mestre-capela (Kapellmeister) na corte de príncipe Leopold de Anhalt-Köthen. Em 1720 morreu a primeira esposa, e um ano mais tarde voltou a casar-se, desta vez com a cantora Anna Magdalena Wulcken. A partir de 1723 e até à sua morte, foi Diretor de Música (Cantor) na igreja luterana de São Tomás em Leipzig. Chegou a ser convidado para a corte de Frederico II o Grande em Sans Souci. Bach teve uma família numerosa. Teve 7 filhos no seu primeiro casamento e 13 no segundo. Quatro dos seus filhos do segundo casamento transformaram-se em compositores respeitados. Entre eles se destacaram Wilhelm Friedemann Bach (1710-1784), que segundo o patriarca era o mais talentoso de seus filhos, Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788), de quem Mozart tinha uma opinião excelente, e que viria ser o Bach mais famoso de sua época, e Johann Christian Bach (1735-1782) que ficou famoso na Inglaterra. Entretanto, a confiança que Bach pôs em Wilhelm Friedemann teve tristes consequências depois do seu falecimento. Friedemann possuía uma personalidade evasiva, nunca se fixando nos empregos, e muitas vezes em dificuldades financeiras. Essas dificuldades levaram-no, muitas vezes, a vender várias partituras que pertenciam ao pai. Nesse processo perderam-se para sempre várias paixões compostas por Johann Sebastian (quem sabe agora fossem elas tão apreciadas como a Paixão segundo São Mateus e a Paixão segundo São João). Se não fosse sido o cuidado que teve Carl Philipp Emanuel Bach em conservar os manuscritos do pai, o mundo poderia ter sido privado de uma boa parte das obras primas de Bach. Um aspecto impressionante da vida de Bach é que o compositor teve pouco reconhecimento em vida. Era tido por todos como um virtuoso do órgão, talvez o melhor de que se tinha notícia. Como compositor, porém, era considerado antiquado e sem criatividade. Outros compositores, como o Handel e Telemann tiveram as obras muito mais apreciadas no período. Na época que se seguiu à morte, Bach caiu no esquecimento. O filho Carl Phillip Emanuel teve então grande destaque como um dos fundadores do classicismo. Alguns compositores e músicos conheciam e apreciavam a obra de Johann Sebastian Bach. Haydn, Mozart e Beethoven encantaram-se com as obras a que tiveram acesso.
Vou citar algumas de sua obras:
Entre as características sobressalentes de J. S. Bach encontra-se o domínio de complexos e engenhosos contrapontos. Teve seu ápice no gênero da fuga com a obra O Cravo Bem Temperado, que consiste em 48 prelúdios e fugas, sendo um prelúdio e uma fuga para cada tonalidade maior e menor. Outro trabalho importante é A Arte da Fuga, que ficou incompleto com a sua morte. Composto com a intenção de que fosse um conjunto de exemplos das técnicas de contraponto, A Arte da Fuga consta de 14 fugas com diferentes formas, pois todas com o mesmo tema básico.
Também despertam bastante interesse os concertos que Bach compôs baseando-se na forma dos concertos de Antonio Vivaldi, compositor e violinista italiano contemporâneo de Bach (7 anos mais velho que ele). Assim por exemplo os concertos de Brandenburgo caracterizam-se por estarem dedicados cada um a um grupo diferente de instrumentos solistas. Bach escreveu muitas das suas músicas para a igreja luterana: em particular as suaa cantatas foram compostas para as missas dominicais, e as suas Paixão segundo São Mateus para as cerimônias de Sexta-feira Santa.
Além das citadas, outras obras célebres de Bach são as Variações Goldberg, as suites para orquestra, as suites para violoncelo, os concertos para violino e a Missa em Si menor.
A re-estréia da Paixão segundo São Mateus, por iniciativa de Mendelssohn em 11 de Março de 1829, deu um grande impulso na divulgação da música de Bach.
Bach teve numerosos alunos e estudantes ao longo de sua vida. Entre eles se conta Johann Friedrich Charrua.
Fez ainda:
Obras para orgão.
Durante a sua vida Bach tornou-se mais conhecido como organista consultor para a construção de órgãos e consultor de trabalhos para órgão todos em gêneros livres (tais como: Prelúdios, Fantasia e Cantatas) e formas proscritas como prelúdios-corais.
A Chaconne da Partita nº2 em Ré menor - para violino solo (BWV 1004):
Esta monumental Chaconne (Ciacona) é o 5º movimento da partita nº 2 para violino solo (e o seu movimento final) e é considerado um monumento da música europeia, tendo-se tornado num dos pilares da literatura para violino. A Chaconne é um dos poucos trabalhos de variações de Bach e é possivelmente o maior conjunto de variações alguma vez escrito para um só instrumento. As únicas outras variações que se aproximam da sua perfeição são as Variações Goldberg também compostas por ele. E muitos músicos são de opinião que, mesmo que Bach só tivesse composto estas duas peças, já mereceria ser considerado um dos maiores compositores de todos os tempos. De acordo com a musicologista alemã Helga Thoene, cada um dos movimentos da Partita nº2 é inspirado num coral religioso associado à meditação sobre a morte. Dentro da harmonia da Chaconne estão as notas do coral "Christ lag in Todesbanden" (Cristo jaz sujeito à morte) que representa a intensa tristeza da morte e a esperança de uma vida eterna. Segundo ela, Bach teria provavelmente composto a Partita nº2 como um memorial fúnebre à sua primeira mulher.
O sistema de numeração BWV:
O registro das obras de Bach foi elaborado por Wolfgang Schmieder e é conhecido pelas siglas "BWV", que significam Bach Werke Verzeichnis ('Catálogo de Obras de Bach'). O catálogo foi publicado em 1950 e os números BWV algumas vezes são chamados como números de Schmieder. Uma variante desse sistema usa S no lugar de BWV, significando Schmieder.
O catálogo é organizado mais tematicamente do que cronologicamente; BWV 1-222 são as cantatas, BWV 225-248 as obras corais feitas em larga-escala. BWV 250-524 corais e canções sacras, BWV 525-748 obras para orgão, BWV 772-994 outras obras para instrumentos de teclado, BWV 995-1000 música para alaúde, BWV 1001-1040 música de câmara, BWV 1041-1071 música orquestral e BWV 1072-1126 cânones e fugas. Para a compilação do catálogo, apesar de quase metade da obra de Bach ter sido perdida ao longo do tempo, Schmieder seguiu grande parte da "Bach Gesellschaft Ausgabe" (edição da sociedade Bach), uma ampla edição dos trabalhos do compositor produzida entre 1850 e 1905.


Um comentário:

  1. Se você é uma bachiana como eu, então falamos a mesma língua, Paula, a língua da música do grande mestre Johann Sebastian Bach. E o interessante é que resido, por enquanto em Vila Velha (ES), mas estou de mudança prá Natal, tão logo venda meu ap. Portanto, já teremos duas coisas em comum: morar na mesma cidade e gostar da música de Bach. A diferença e que toco teclado e você violino. E é professora! UAU! Parabéns pelo Post! Muito elucidativo!

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